22/02/14

The Dark Vampire – Segunda temporada – Capitulo 8

Uma família infantil
                Assim que regressou á academia Cross, Kotori o esperava do lado de fora do portão principal de braços cruzados e o seu semblante dizia uma única coisa, “vou-te matar”, sentia essa raiva porque o seu marido não a tinha levado para ir buscar o seu filho no primeiro dia dele no infantário e tinha quase como certeza que não fora por esquecimento de Yagari.

_Porque não  avisas-te que ias buscar o Teru? Fiquei procurando por ti feita uma idiota sabias? _Deu-lhe uma chapada no braço assim que ele se aproximou.
_Puxa… que braveza, apenas te queria fazer uma surpresa._ Justificou-se sobre o olhar atento de Teru que os observava de dentro do carro.
_Surpresa? Não queres dizer antes susto?_ Agarrou a sua mala e caminhou para o carro esperando que Yagari fosse atrás.
_Estou a falar sério…_Insistiu sentando-se no lugar do condutor.
_Nem vem que não vou acreditar nessa…_ Retorquiu azeda colocando o cinto.
_Mamã… não fica chateada com o papá…_ Teru falou do banco traseiro, fitando-a com aquele olhar doce de menino._ Olha o que o papá comprou para ti…_ E mesmo não querendo saber Kotori olhou e viu uma rosa.
_Nem penses que me vais comprar com uma rosa barata…_Resmungou mas ainda curiosa para ver um envelope amarrado ao caule da flor, pegou nela e abriu aquela carta destinada a ela, dentro um pequeno cartão dizia. “ Vamos passar o fim de semana juntos? Só nós os dois…como dois namorados fugindo da rotina para viverem o seu amor sossegados. Yagari.”
Yagari ainda a olhou esperando uma resposta, mas ela nada disse, voltou a colocar o cartão dentro do envelope, contudo deixou escapar um leve sorriso e mesmo antes que se apercebesse passou as atenções para o seu filho perguntando como tinha corrido o seu primeiro dia na escolinha.
E assim que chegou a casa  foi tratar de fazer o jantar sem ainda dar uma resposta a Yagari que chateado sentou-se no sofá vendo o telejornal, o seu pequenote sentou-se ao lado vendo o que o pai estava a fazer, mas como era obvio a Teru noticias não interessavam e a jeito pegou no comando e mudou para o canal dos desenhos animados.
Yagari o fitou desagradado pois não estava interessado em ver dois coelhinhos sorridentes passarem no visor da televisão.
_Teru eu estava a ver o jornal, sabias?
_Mas os desenhos animados são mais fixes papá…_ Respondeu ainda segurando o comando entre as suas mãos pequeninas, seus olhos fixos nos desenhos animados e sem ideia de deixar o seu pai mudar de novo de comando.
_Eu cá gosto mais do jornal…_ retorquiu cruzando os braços.
_Papá… quando eu for grande terei uma televisão para mim, depois o papá já não fica chateado comigo pois não?_ Seus olhos de menino desviaram-se por um momento para fitar os de Yagari.
_Ainda tens muito que crescer fedelho…_ Bagunceou os cabelos do menino que se manteve atento para a televisão.
_Não… eu vou crescer rápido…_ A televisão deixou de lhe interessar e colocou-se de pé em cima do sofá._ E quando for grande serei como o papá…_ Esticou os seus braços tentando demostrar como seria grande e forte, igual a Yagari.
_Porque queres ser igual a mim, filho?_ Puxou pelas pernas dele sentando-o no seu colo.
_Porque gosto do papá…_ Ainda olhava entretido para o comando acabando por aumentar o volume.
Yagari sorriu orgulhoso para o seu filho, Teru era dos poucos que conseguia amolecer o seu coração por completo, mesmo que ficasse reclamando inúmeras vezes              que o pequenote lhe dava muito trabalho quando ouvia palavras amorosas como aquelas compreendia que compensava todo o trabalho em educa-lo.
_ Acho que alguém está precisando de um banho._ comentou envolvendo Teru num carinhoso abraço.
_ O papá._ Respondeu o menino, deixando Yagari sem resposta.
_Não seu minorca… és tu quem precisa de um banho, nem pensa que vai jantar todo porquinho!_ Agarrou no pequenote levando-o para a casa de banho, Kotori viu os dois passar, Teru se esperneando dizendo que não queria e de um jeito ou de outro Yagari o tentava convencer, não deixou de rir porque os dois eram iguais.
Quando voltaram do banho  o jantar já estava servido, sentaram-se á mesa sem reclamar, mas claro que alguma intrigava viria logo, Teru não era amante de peixe por isso fez birra, Kotori demorou para o  convencer a comer nem que fosse um pouco e no fim quem acabou lavando a loiça foi o próprio Yagari, mas não podia reclamar, Kotori já não parecia tão chateada com ele e até tinha colocado a rosa numa jarrinha de vidro em cima do balcão de mármore.
Depois de colocar Teru para dormir, foi ter com Yagari ao sofá  e sussurrou-lhe ao ouvido dizendo que o esperava no quarto, babado disparou seguindo atrás dela, como imaginava estava perdoado e teria a noite para estar com a sua esposa, só os dois imaginado o próximo fim de semana.


2 comentários:

  1. Eu acho tão bacana quando a gente desenvolve uma estória e olha como os personagens evoluíram... E pensar que o pequeno envolvimento entre o Yagari e a Kotori chegaria a tanto!
    É gratificante para o autor da estória e bem interessante para quem lê.

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    1. Pode ter certeza que é, nunca na vida pensei que chegasse a tanto -.-"

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