19/04/15

Nonsense

Nonsense7

“Quem não ficaria feliz ao pensar em voltar a ver alguém de quem gosta?
Pela sexta já andava esboçando um sorriso, imaginava que ainda o visse ao final da tardinha e ao chegar ao trabalho tive a infeliz noticia que aquele cliente que se suicidara era tio dele,  sentia-me deveras mal e ainda assim não continha a felicidade de saber que tinha voltado mais cedo para o funeral do seu tia, que ainda naquela tarde cinzenta se realizou.

Imaginava que não usaria preto como luto, pois não combina com ele, e estava certa á noite aparecer, trajando um casaco azul escuro, pediu o seu café, seu olhar era vago, remetia a tristeza, o café foi deixado a meio, o rebuçado que sempre coloco no pires e o leva consigo também foi deixado, sentou-se numa mesa bem ao fundo lendo o jornal bem sozinho, até que o “tio” foi-lhe fazer companhia, demorou-se a ouvir a sua voz, mas quando começou a falar não parou.
No dia seguinte já parecia mais alegre, de bebé ao colo, não pensem mal, apenas o filho de um amigo seu e se divertia brincando com o menino, e passou grande parte da tarde lá, contudo do lado de fora…. A ausência de palavras é cada vez maior e a distancia também…. Talvez seja mais uma semana que não o veja e alguém me disse “Desiste…. Aqui são todos gay´s, não existe cavalheirismo, são todos uma cambada de metralhas” Talvez essa pessoa tivesse certa, mas também não preciso de nenhum príncipe encantado”

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