Sempre acontece de se
apaixonar
Saia de casa de mão dada com a sua filha, ainda tinha que se
despachar para a deixar no jardim de infância e ir de seguida para a academia
Cross.
Mas assim que trancou a porta de casa deparou-se com Kimi,
era a primeira vez que a via depois dos três anos que se tinham passado, tentou
mesmo ignora-la mas esta fez questão de o chamar.
_Kaito… por favor…_ Pediu de mãos dadas.
_Pensei que tinha sido suficientemente esclarecedor quando
disse ao Takashiro que não te queria ver._ A pequena Ayame segurava a mão do
seu pai fitando os dois.
_Ele não queria que eu viesse…_ Baixou o seu rosto mas logo
o tornou a elevar._ Mas eu tinha que a ver! Ainda tenho esse direito… ou não?
_Sinceramente acho que o perdeste desde o momento que o
preferiste a mim… mas eu não vou discutir mais isso comigo, Ayame vamos…_ Falou
frio pegando na menina ao colo e passou ao lado de Kimi a passos largos como se
ela não significasse nada para ele.
_Ayame!_ Kimi chamou e a menina a olhou segurando pelo ombro
de Kaito._ Kaito! Tu não tens esse direito ela é minha filha!_ A garota
arregalou os olhos e pousou a cabeça no colo do seu pai ainda a vendo ao longe.
_Papá… aquela mulher…_ fechou a sua mão sentindo a caricia
de Kaito nos seus cabelos loiros.
_Esquece o que ela disse…_ Pediu continuando a caminhar e a
garota nada falou, apesar de ter apenas três anos já tinha bastante
entendimento e tinha percebido que aquela mulher que ficara a chorar junto á
sua casa tratava-se da sua mãe, aquela que nem o seu nome sabia por causa do
seu pai não gostar dela, uma criança daquele tamanho nada podia fazer para
mudar as coisas, apenas continuar a aceitar os factos tais como eles eram, mas
Ayame ainda sonhava em ter essa família fez , com pai e mãe.
***
Suas memórias do seu passado pareciam nunca mais querer
retornar e não existia ninguém que o fosse ver a não ser Giou Takashiro e ainda
assim pouco conversava com ele, de facto sentia-se sozinho naquele quarto de
hospital.
Estava proibido de sair de lá, pois ainda não conseguia
controlar a sua vontade por sangue, mas vez ou outra escapava e espreitava pela
ranhura da porta Momo no seu quarto hospitalar, mas naquele dia não a encontrou
no seu leito, entristecido descia a escadaria quando olhou pela janela em vidro
e a viu sentada num banco de jardim.
Nunca mais tinha conversado com ela, apenas a ficava
observando, mas agora via uma oportunidade, nem que fosse apenas para agradecer
aquela vez por ter o ter encontrado desmaiado no chão.
Por isso Kaname não hesitou em ir ter com ela, correu até ao
exterior, de alguma forma era nostálgico sentir a brisa bater em seu rosto.
_O dia hoje está realmente bonito…_ Comentou sentando-se ao
lado dela.
_Por isso que eu gosto de vir até ao jardim em dias destes…_
Olhava as flores no jardim.
_Momo-san parece melhor, não vai regressar para casa?_
Kaname perguntou inclinando-se de leve.
_Não… para já não…_ Forçou um sorriso juntando as mãos
ligeiramente nervosa._ E… Kaname-kun já se está sentindo melhor? Faz tempo que
não o via….
_Sim… estou… mas também ainda não sei quando vou sair
daqui…_ Sorriu olhando o céu azul._ Estava pensando se podíamos fazer companhia
um ao outro o tempo que estivermos neste hospital…
_Eu acho uma boa ideia…_ A garota corou o observando, só
agora se dava conta do quão bonito aquele jovem era._ Kaname-kun tem alguma
doença grave?
_Não… não posso dizer que seja grave… mas quando acordei nem
meu nome eu lembrava…_ Olhou o chão entristecido, queria saber mais sobre si e
sempre perguntava coisas a Takashiro mais este nunca abria o jogo com ele.
_Isso deve ser triste…_ Momo pensou em toca-lo, mas não
sabia se era boa ideia por isso apenas pousou a sua mão em cima da dele._ Mas…
tenho a certeza que vais lembrar-te de todos os teus bom momentos, dos teus
amigos, da tua família… da tua namorada….
_Não julgo que tenha namorada…_ Kaname sorriu timidamente._
Se tivesse ela não me tinha vindo visitar? E tu Momo? Sempre te vejo sozinha…
não tens namorado nem família que te venham visitar?
_Não tem como isso acontecer!_ Seu rosto ficou vermelho,
nunca tinha tido um namorado e achava que o mais certo era nunca chegar a ter._
Eu não tenho família… eu sou órfã…_ Admitiu um tanto séria e sem bem entender
porquê Kaname a abraçou com ímpeto.
_Mas agora tens me a mim…_ Falou carinhosamente e a
garotinha tornou aquele abraço reciproque.
_Da mesma forma que me tens a mim…_ Disse meiga, fazendo uma
doce caricia nos cabelos castanhos de Kaname, não sabia o que estava sentindo
mas imaginava que se tratava do seu primeiro amor.
Vish... Kaname arrumou outra vítima... :p
ResponderEliminarPensei que eu estivesse atrasada em mais capítulos... Que bom que me enganei. :)
ResponderEliminarBem... ainda não se tornou vitima, já que ele ainda não descobriu o seu lado mauzinho...
ResponderEliminarNão... eu realmente ando atrasado com os capitulos de vampire -.-"