The Dark Vampire – Segunda temporada – Capitulo 9

Nenhum sacrifício é em vão

(Nem para os maus)

No seu longo sono o escuro não tinha fim, era impossível fugir daquela escuridão pois umas grades metálicas o cercavam mas do outro lado o aroma a rosas se fazia sentir, não sabia porquê mas queria ir para o outro lado daquela cerca e ainda assim se sentia tão impotente, mas porquê?

***

Estava demasiado impaciente para continuar a esperar, já tinha passado uma semana e Takashiro não se mostrava minimamente preocupado com ela, queria ver a sua filha e estava perdendo tempo a mais esperando por esse dito momento ideal.

Mas de facto o que enfurecia Kimi não era ter de esperar era saber que Kaito já tinha tomado conhecimento do seu despertar e não ter autorizado qualquer contacto com a pequena Ayame, apesar de Yume lhe falar para ter calma era impossível, porque não conseguia imaginar o que ia na cabeça de Kaito, tinha medo que todos os bons momentos que tinham passado juntos se tivessem tornado insignificantes para ele.

Mas não tinham Kaito recordava-se tão bem que queria manter distancia o suficiente para não se deixar envolver em demasia com esses sentimentos que lhe trouxeram tanta dor, mas seus dias tinham-se tornado um tormento depois de Takashiro lhe dar essa desastrosa noticia, como tinha preferido que Kimi continuasse naquele estado de coma por mais uma centena de anos, mas nem todos os desejos que uma pessoa deseja podem ser concebidos, por isso Kaito era um dos que não queria acreditar que essa coisa de destino existia, porque se existisse estava a ser muito cruel com ele.

***

Ainda era o seu segundo dia de aulas e de uma certa forma já estava farto de ver livros á sua frente, tinha tarefa para fazer e não tinha percebido patavina da matéria, por isso durante a tarde fez os t.p.c´s junto com Masashi que incrivelmente parecia compreender tanto ou mais que o próprio professor.

_Masashi…_ Debruçou-se sobre a mesa molengão._ Vamos fazer uma pausinha… de letras tou eu farto….

_Se é assim que deseja, vou preparar um lanche, Yutaka-sama…_ Arrastou de leve a cadeira e levantou-se, Kenshin o ficou esperando rabiscando qualquer coisa sem interesse no seu caderno.

Quando regressou pousou o tabuleiro sobre a mesa e Kenshin se serviu com um sumo de laranja e uns biscoitos húngaros.

_Porque não trouxeste um sumo pa ti?_ Perguntou mastigando de boca aberta.

_Eu sou apenas um servo…

_Aqui não… lembra? Pega pode beber do meu…_ Esticou o copo e Masashi sorriu pegando o copo de vidro só por gentileza.

_Obrigado…_ Toda a gentileza de Kenshin era um tanto encantador para Masashi.

_Me leva de volta para casa, tanto estudo tá fazendo derreter os meus miolos…_ Olhou os biscoitos em forma de coração no prato sem saber qual escolher.

_Estudar é uma boa preparação para assumir o papel de chefe de família…_ Sorriu de leve pegando o biscoitinho que Kenshin ia pegar._ Ou vai passar esse trabalho para essa pessoa?_ Seu olhar cinza escuro atingiu Kenshin como uma flecha.

_Não sei…_ Nunca tinha pensado nisso antes, nunca se preocupara em assumir qualquer papel, apenas queria viver uma vida despreocupada._ Eu não tenho irmão para passar a chefia, mas eu não quero ter esses trabalhos, será que não os posso passar para outra pessoa?

_ Desse jeito podia continuar do pedestal sem ter preocupações, não era Yutaka-sama?

_É… gosto dessa ideia… que achas se fosses tu? Tenho plena confiança em ti e sei que dás conta do recado…_ Eram as palavras que Masashi mais queria ouvir, só não achara que fosse ouvir com tanta facilidade.

_Não sei senhor… tem certeza disso?_ Seu olhar mostrou-se humilde mas com uma leve faúlha de felicidade.

_Tenho… Mas tenho uma condição_ Elevou o seu dedo indicador ainda com o sorriso de garoto atrevido._ Pára de falar para mim desse jeito tão formal e de uma vez por todas me chama de Kenshin! Vê se metes isso de uma vez na cabeça…_ Cruzou os braços olhando de soslaio para Masashi.

_Terei o maior prazer em servi-lo Kenshin…

_ Falares desse jeito é musica para os meus ouvidos…_ Afastou os seus longos cabelos ruivos e esticou-se sobre a mesa que os separava._ Agora… dá-me do teu sangue…_ Puxou-o para junto de si e cravou os dentes na pele macia.

Masashi o envolveu pela cintura sentido o sangue escorrer pelo seu pescoço e ainda que sentisse dor, seu sorriso não desaparecia…