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Meu amor cresce como esse feto gerado
Acordou com uma leve caricia em seu rosto, não importava de
quem viesse apenas a tentava ignorar para dormir um pouco mais, mas aquelas
caricias não paravam e começavam a atrapalhar demais o seu sono.
_Deixa-me… eu quero dormir um pouco mais…_ Ajeitou a sua
almofada tentando adormecer de novo.
_Kotori se ficares na cama vais chegar atrasada á consulta_
Ygari avisou puxando os cobertores para baixo.
_Que cruel que és! – Acabou por levantar-se puxando os
cobertores para cima outra vez._ Ainda é cedo, posso dormir um pouco mais.
_ Tu por acaso já viste as horas? Depois não digas que te
avisei_ Sentado sobre a cama de braços cruzados continuava a falar_ Ontem
quiseste ir jantar fora e voltemos tarde
para casa, até compreendo que tenhas sono, mas acho que não queres faltar á
primeira consulta pois não?
_Tá certo_ Levantou-se da cama ajeitando o pijama_ Vou tomar
banho_ Avisou saindo do quarto ainda sonolenta.
_É bom que vás, pode ser que te passe o sono_ Kotori ainda
olhou para trás vendo o sorrisinho de troça de Yagari, mas nada respondeu
apenas seguiu o seu caminho.
Almoçaram juntos e
saíram para ir aquela ansiosa consulta, tiveram que esperar um pouco pela sua
vez e isso deixava cada vez mais Yagari ansioso, mas não se tinha que
preocupar, afinal tudo correra bem e o tempo que passou no consultório parecia
que tinha passado a voar.
Assim que saíram do posto médico Yagari pediu a Kotori para
voltar para casa sozinha pois ainda teria que ir buscar o seu fato para o
casamento e por esse motivo não a poderia acompanhar para casa, mas ainda
voltaria antes do almoço.
Ainda que tristonha voltou solitária para casa, arrumou
duplamente a casa pois estava ansiosa para que ele retornasse, preparou o
almoço e colocou tudo pronto para almoçarem e olhando para o relógio verificou
que ainda faltava um quarto de hora para o meio dia, não sabia mais o que fazer
por isso sentou-se no sofá e ligou a televisão, porém nenhum programa era do
seu interesse e tornou a desligar a televisão sem saber mais o que fazer.
E enquanto ouvia o tic tac do relógio ouviu a porta bater,
levantou-se e correu para junto da entrada finalmente Yagari tinha voltada.
Estranhou que Kotori viesse a correr ter consigo logo que
entrou em casa, puxou discretamente a saquinha que trazia consigo para trás das
costas enquanto segurava o saco de tecido preto na outra mão.
_Já chegas-te! O teu fato finalmente está pronto, amanhã
também irei buscar o meu vestido.
_ Eu sei a senhora me avisou.
_Eu não posso ver?_ Perguntou entusiasmada aproximando-se
dele.
_É claro que não!_ Correu para o quarto com o saco e
colocou-o com cuidado dentro do roupeiro trancando a porta_ Nem te atrevas a
tentar abrir aquela porta, entendido?
_Tá certo… Vamos almoçar, eu já estou cheia de fome_ Puxou a
mão dele com carinho_ E como ontem eu não acabei por fazer o que querias fiz
hoje.
_Eu não acredito!_ Parou junto á porta da cozinha, fizeste
wasabi!_ Foi necessário apenas um sorriso de Kotori para afirmar a sua
suposição.
Sentaram-se a mesa e comeram a deliciosa refeição que Kotori
havia preparado e enquanto iam comendo iam trocando algumas palavras, de fato
estavam tendo um bom dia, pela primeira vez tinham visto o seu filho numa
ecografia e apesar de Yagari não poder perceber com nitidez que se tratava de
uma criança percebia que era um ser pequenino que se estava a desenvolver do
ventre de Kotori, sentia-se um pouco idiota quando pensava que ia ser pai, mas
sentia orgulho de ser o progenitor daquela criança.
_ Yagari-san o que tinha aquela saquinha que tu deixas-te em
cima da cama?_ Perguntou curiosa levantando os pratos da mesa.
_Espera um pouco_ pediu tentando disfarçar o sorriso e de
passo rápido foi ao quarto e voltou com aquela saquinha que Kotori tinha
mencionado, pousando-a em frente a Kotori_ Eu queria ser o primeiro a comprar
alguma coisa para o nosso filho…_ e enquanto falava Kotori tratava de retirar o
laço e tirar para fora a roupinha de bebé_ Como ainda é cedo para saber se é
menino ou menina eu comprei amarelo, mas se não gostares a senhora que me
vendou troca.
_Não… é muito linda Yagari_ Levantou-se abraçando-o_
Obrigada_ estalou um leve beijo na face dele_ Tenho certeza que o bebé também
gostou_ Sorriu despenteando Yagari_ E também sei que vais ser um pai babado.
_Quem… quem disse isso? Isso é só um presente…
_Um presente muito fofo_ Ainda brincava com os fios de
cabelo de Yagari_ Mas tem outra coisa.
_O quê? Algum problema? O médico não falou de nada, ou
falou?
_Não, não e nada disso…_ Ainda com um sorriso as suas mãos
desciam pelo peito dele_ Nós vamos precisar de uma casa maior.
_Mas… eu gosto tanto dessa…
_Yagari… e onde pomos o nosso filho a dormir? Na sala? Eu também
gosto desta casa, mas só tem um quarto … não tarda mais vamos ter mais um
membro a viver connosco.
_Tens razão…_ enfiou as mãos aos bolsos pensativo_ Mas vamos
pensar nisso com calma, sim?
_ Certo_ sorriu apertando os seus lábios contra os de
Yagari, afinal a jornada de ambos ainda estava a começar.
E o Yagari tem coragem de negar que vai ser um pai babado!
ResponderEliminarKotori tem toda razão... Ainda bem que as coisas ficaram mais calmas para ele.
Algum dia ele vai admitir que é pai babado? Nunca!
EliminarObrigado por ler ^^
Ah, um dia o Yagari há de admitir, ainda mais depois do bebê nascer! ^^"
EliminarEu que agradeço por escrever.
Bem pode não admitir por palavras, mas vai admitir na maneira de agir
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