Capitulo 39 – Falar do passado triste – Fanfiction – “O amor cura tudo II”

Livro 1 – Yori

Não sabia as suas intenções, pois nem uma palavra me dirigiu, entremos numa igreja, um pouco antiga, olhava para todos os pormenores esculpidos na pedra, aqueles são de barro que pareciam ser reais, transparecendo a dor dos seus martírios, dos seus sacrifícios para alcançar a santidade.

_ Mark porque viemos aqui?

Mark:_ Ainda não descobriste? Vimos marcar a data do casamento, senta ai

Sentei num dos bancos da igreja, ainda pensando que era um sonho o que ele acabara de dizer, e eu que tinha duvidado do seu amor por mim, talvez não fosse digna dele por desconfiar de algo tão importante como o seu amor que era verdadeiro.

Mark:_ Hoje de manhã foi falar com a minha mãe a cerca de esse assunto, precisava de me aconselhar com ela, ela ficou radiante ao saber do casamento, e aconselhou que o casamento fosse antes do nascimento do bebé, o que achas?

_ Para mim qualquer dia está bom, mas se a tua mãe acha melhor antes por mim pode ser, mas dá-me tempo para comprar o vestido, essas cenas dos preparativos, sabes como as noivas são

Mark:_ Por acaso não, nunca tive nenhuma, mas estou ansioso para saber como vai ser a minha noiva Yori….

Entretanto apareceu o padre já com uma certa idade, que vinda da sancristia logo nos saudou, com muita simpatia, falemos o porque da nossa vinda aquele local, notei alguma felicidade no seu rosto, contou que á muito tempo já não fazia um casamento, pois hoje em dia são poucos aqueles que se querem casar, isso me deixou de alguma forma triste, compreendia o que ele nos queria-nos transmitir, falou-nos de muita coisa, principalmente de Deus,  também falou do Mark disse que ainda se lembrava de lhe dar catequese, que era uma criança um pouco rebelde e bastante orgulhosa, mas ao mesmo tempo trabalhadora, o Mark parecia estar um pouco constrangido com a situação por isso mudou logo de assunto pedindo para marcar a data, depois de muito pensar, marquemos para dia 25 de Março dai a cinco meses, parecia tanto tempo mas tinha  a certeza que passaria depressa se estivesse junto a ele.

Saímos de mãos dadas, chovia mas o Mark puxou-me dando uma corridinha até ao carro, entrei sentindo a humidade bem junto á pele, estava distraída quando os seus lábios cobriram os meus, era um beijo reciproque, de certa forma me sentia mais presa a ele, e todos os pensamentos que me torturavam tivessem sido levados pelo vento, como se tudo fosse um grande equivoque, pousei a minha cabeça sobre o seu peito olhando a chuva que corria do lado de fora, senti sua mão passarem suavemente no meu cabelo.

Mark:_ Yori, queres assim tanto saber sobre mim porque?

_ eu sinto que não sei nada sobre a pessoa de quem amo, gostava de saber um pouco sobre o teu passado, todos os bocadinhos que ouço me fascinam, com o que o Padre acabou de dizer, mas fascinava mais se fosses tu a contar

Mark:_ Sabes, eu sempre foi um miúdo rebelde, não ligava nenhuma para raparigas, só pensava mesmo em futebol, ficava todo feliz quando o meu pai me dava uma bola nova, era pouco mas realmente me alegrava, depois ele faleceu, e eu prometi-lhe que seria um jogador de futebol profissional, o melhor do Japão, queria que ele se orgulhasse de mim, aonde quer que ele estivesse, mas a minha mãe não tinha muito dinheiro, então comecei a trabalhar como jornaleiro nos tempos livres estudava ao mesmo tempo e fazia parte da equipa do Mapped, nessa altura surgiu uma senhora  que disse que iria escolher entre mim e o Oliver Tsubasa para oferecer uma bolsa de estudo para o Toho, então esforcei-me ainda mais, acabei perdendo o campeonato e achei que tinha perdido o bolsa, mas enganei-me ela ofereceu-me na mesma, mesmo sabendo que eu tinha perdido o jogo.

_ Tenho a certeza que o teu pai está orgulhoso de ti, e mesmo que não tivesses conseguido chegar onde chegas-te tenho a certeza que estaria orgulhoso do filho que tinha.

Mark:_ Yori…. Nem sei que diga, pois acho que nem sempre fui um bom filho

_ mas tentas-te e isso deixa muito á  tua muito orgulhosa, é por isso que ela te protege muito, porque tem medo de te pedir.