Nonsense

Nonsense 16

Já se tornou típico passar uma semana sem o ver, pois quando se faz o turno da manhã dificilmente o encontro, então depois de uma semana e tal o encontrei, apesar do dia fresco vestia uns calções de ganga clara e um t-shirt de capuz azul escuro, chamou por mim quase como um sussurro, mal ou vi entretida com as crianças, olhei para trás e com o indicador me acenou para aproximar dele, meu coração palpitava pois agia diferente das outras vezes, discretamente me pediu mortalhas, não o interroguei, mas fiquei com uma sensação ruim dentro de mim e assim fiquei o vendo sair todo apressado  .

Á noite regressou, ficou perto do balcão sem dizer nada, o interroguei se era café ao passo que respondeu que eram dois logo avistei seu pai entrar pela porta da pastelaria, parecia impaciente, seu jeito severo me fazia perder o norte e tremer, seu olhar azul me fitava esperando o que desejava, a barba rala por fazer dava-lhe um ar desleixado.

Mais tarde uma raspadinha agora mais descontraído, me falou que se fosse a flor  o símbolo da sorte, já tinha ganho umas boas patacas, mas o que ele precisa era uma estrela…. Mais uma vez esqueceu o telemóvel, ia correr atrás dele, mas seu tio se encarregou-se do lho entregar, mais uma vez a minha oportunidade passara ao lado.