Capitulo 3
Uma impossível vida a
dois começa
Para Nana tudo aquilo era absurdo, nunca tinha ouvido falar
de um gato que se tinha transformando em humano, se seu Aiko-chan aparecesse podia confirmar
que aquela rapaz era um impostor, mas ao invés disso ouvia vindo do seu quarto
os lamúrios daquele moço estranho.
Não deu logo uma decisão preparou algo para o jantar
enquanto meditava o que deveria fazer, podia ligar a alguma amiga, perguntar o
que devia fazer mas ao pegar no telemóvel pensou que assim que explicasse o
caso ainda gozariam com sua cara por o acontecimento ser demasiado bizarro.
Jantou ainda com pouca fome e olho o que sobrava, sentia-se
mal ao ignorar o pobre rapaz e como estava tudo silencioso achou mesmo que ele
tivesse ido embora, fartado de se esperar, abriu vagarosamente a porta do
quarto segurando um prato de comida na mão, achou-o sentando no tapete coberto
com uma mantinha.
_Andas-te mexendo nas minhas roupas?_ Perguntou seca
pousando o prato em frente dele.
_Claro que não…. Mas tinha frio… e tu não me gostas de ver
desse jeito…_ Admitiu baixando o rosto a manta também lhe cobria a cabeça.
_Se… se foi só isso…. Tudo bem…._ Sentou-se na cama de
costas para ele._ Isso é para comeres…._ Retorquiu tentando espiar pelo ombro.
_ Arigato…_ Agradeceu e comeu do undon que Nana tinha
preparado._ Gostoso! Isso é mesmo bom!_ Soprou mais daquela massinha para a sua
boca._ Nana-sama isto é gostoso!
_Evidente que é! Fui em que fiz!_ Cruzou os braço sobre o
peito e deu um meio sorriso convencido.
_Nana-sama…._ Falou mais baixo, seu tom de voz remetia para
uma certa tristeza._ Ainda não me deu uma resposta….
_Sobre o quê?_ Virou-se para ele e de imediato atirou-lhe
com a almofada._ Vê se te tapas pro favor!_ Aflito tornou a pegar na manta e a
cobrir-se o melhor que podia.
_Me diga…. Onegai…._ Aqueles olhinhos dourados pedinchavam
para ela, como podia resistia aquele jeito meigo?
_ Podes ficar, mas se Aiko-chan aparece considera-te morto!_ Fingiu
passar uma faca em seu pescoço e o garoto sorridente acenou afirmativamente com
a cabeça levantou-se e abraçou com ímpeto Nana.
_Arigato Nana-sama! Arigato!._ Uma lágrima de alivio ficou em
seu cantinho do olho enquanto apertava com força a menina que corou por ter
tanta proximidade com um rapaz, acabou pontapeando-o para longe e ainda lhe
acertou um murro no nariz, o garoto gemeu de dor e olhos de Nana diziam apenas
uma coisa.
Iriam
existir regrar duras naquela casa….
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