A felicidade perdura
quando verdadeira…
Mas quando falsa,
facilmente se acaba.
Naquele dia até tinha acordado cedo, era de manhã que o
pessoal daquela casa parecia andar sempre mais calmo por isso aproveitou aquele
tempo da melhor forma para si e depois de ter tomado um banho fazia a barba em
frente ao espelho colocado por cima do lavatório, estava tão entretido passando
a gilete na sua pele que estremeceu quando a porta se abriu e o seu filho entrou ainda
preguiçoso.
_Oi… Teru que é isso entrando sem bater á porta! Eu não te
ensinei a bater á porta primeiro?_ Repreendeu o seu filho que trajava um pijama
azul ás ovelhinhas.
_Mas eu estava apertadinho para fazer chichi…._ Coçou um
olho observando o que o pai estava a fazer._ E a mamã disse que eu podia entrar
na mesma…
_Então vai se estas apertadinho vai fazer chichi…_ Falou
para o miúdo e de novo voltou as atenções para o espelho.
_O que o papá está a fazer?_ Teru perguntou depois de urinar
e ajeitar as calcinhas que vestia.
_A barba, tou a fazer a barba filhote…_ O pequeno caminhou
até ficar ao lado dele.
_E eu papá também posso fazer?_ Puxou a manga da camisola de
Yagari e tornou a insistir_ Posso?
_Tu ainda és uma criança, nem barba tens garoto._ Riu-se do
seu filho, ainda era ingénuo para saber o que era para a sua idade.
_ Mas papá… eu queria…_ E aquelas olhos azuis de criança
pareciam pedir mais que tudo._ Porque não posso?
_ Vem cá…_ Falou impaciente levando uma mão á cintura e com
a outra arrastou o banquinho que Teru usava para lavar os dentes e o colocou em
cima dele olhando para o espelho, espalhou a espuma de barbear e deu-lhe um
pente fino com a face do pente virada ao contrário Teru tentava imitar o seu
progenitor bastante animado.
Kotori que já tinha preparado o pequeno almoço para os dois
estranhava a demora deles, por isso decidiu ir espreitar o que se passava, do
lado de fora da porta ouvia as gargalhadas do seu filho, curiosa bateu a porta
pedindo para entrar, ouviu a voz grave de Yagari dando permissão.
_ Então os meus dois homenzinhos juntaram-se a fazer a
barba, mas que coisa mais linda…_ Riu-se, mas orgulhosa de ver que os laços
entre os dois eram cada vez mais profundos._ Só venho avisar que o pequeno
almoço está pronto, para os dois!_ De novo fechou a porta e encostada a ela
levou a mão á boca escondendo o seu sorriso e voltou para a cozinha…
****
Tinha sido chamado á diretoria, aparentemente o Diretor
queria falar com ele, acabou levando Kenshin junto com ele pois este fez-lhe
uma birra que não queria voltar a ficar sem ele, entraram os dois juntos e não
encontrar apenas o Diretor mas também Yuka e Zero.
_Masashi-kun, Zero-kun avisou-me que á alguns dias saiu da
escola sem ter permissão e só regressou ontem á noite.
_Isso foi verdade Diretor, mas fui eu que pedi ao Masashi…
me perdoe…_ Kenshin fez uma pequena reverencia em tom de respeito._ Então por
favor não o castigue… se tiver que castigar alguém castigue antes a mim…_
Pediu, mas logo Masashi interferiu.
_Não! Yutaka-sama eu é que tenho que me responsabilizar
pelos meus actos._ Brandiu batendo com a mão sobre a secretária.
_Podem discutir depois…_ Kaien Cross pediu ajeitando os
óculos na sua face._ Desta vez fica só por um aviso a próxima tomarei outras
medidas.
_Obrigada Diretor…_ Masashi agradeceu sobre o olhar atento
dos dois monitores e antes de sair fez uma pequena reverencia em sinal de
respeito a Yuka._ Espero torna-la a encontrar Maya-sama…_ E Kenshin que já ia
dar um “oi” todo amigável a Yuka e Zero, acabou dando dois passos para trás ao
ouvir Masashi proferir “Maya-sama” totalmente incrédulo.
Se aquilo fosse verdade, estava pisando o mesmo tecto que a
sua noiva e o que mais desejava era que ela nunca tivesse aparecido, ainda era
cedo demais para pensar num casamento e o pior era que sentia que tinha sido
enganado por Masashi que sabia sobre essa história da Yuka ser a tal de Maya e
não lhe tinha contado nada.
Saiu a correr e por mais que ouvisse Masashi chamar por ele
continuou a correr ao descer a escadaria acabou por tropeçar e rebolar pelos
degraus abaixo e já no fundo da escadaria, estendido no chão não sabia o que
lhe doía mais o corpo ou a alma.
Ainda assim ali deitado esperava que Masashi o viesse
socorrer, que lhe desse uma justificação para tudo aquilo e que pudesse sentir
de novo as meigas caricias do seu servo.
O Masashi às vezes me deixa confusa... Ele quer que o Kenshin se case com a prometida Maya?... E ao mesmo tempo, quase posso ouvir o desprezo na voz da Masashi quando ele se refere a Yuka como Maya.
ResponderEliminarTô deixando passar alguma coisa...
Ele apenas quer cumprir a promessa que fez ao pai do Kenshin, e fará de tudo para a concretizar apresar de saber que isso não vai deixar o menino feliz e mesmo ele arrependeu-se de ter feito a promessa
ResponderEliminar