Capitulo 5
E quando tudo parece ter um fim
Nasce uma pequena luz
Cerca de dois meses se passaram, o casamento aproximava-se e
durante esse tempo Lis foi treinada para agir como uma verdadeira dama, o seu
vestido de noiva já estava quase pronto e olhando para ele não via nada de
animador apenas saudades de voltar para sua casa, começava a perder as
esperanças que Vincent conseguiria ajuda-la.
Sentia-se presa num tempo que não lhe pertencia e a sua
forca era aquela casamento sem destino, não tinha nada contra Vincent, sempre
era simpático com ela e durante aqueles dias tentava-a sempre animar sem êxito.
Vincent ficava cada vez mais preocupado com a sua futura
noiva, não sabia a razão para se importar tanto com a menina , mas desde o dia
em que a apresentara como sua noiva algo em seu coração tinha despertado,
apenas não conseguia definir o que era.
Sentia-se angustiado por não conseguir fazer nada pela
garota, sentando na relva verdejante do seu jardim olhava o céu pensado numa
maneira de resolver aquele problema enquanto ouvia o som da água da cachoeira
bater nas pedras.
_ A solução está em agires com o coração_ Assustou-se ao
ouvir a voz de Al logo atrás dele._ Faz o que eu te digo e as tuas preocupações
desaparecerão_ sentou-se ao lado dele esticando as pernas e tirando a cartola
da cabeça retirou de lá de dentro uma latinha com rebuçados e deixou cair
alguns nas pernas de Vincent.
_ Al eu acho que não consigo cumprir a minha parte da
proposta, eu não como posso ajudar Lis…
_Então é melhor dizeres-lhe a verdade e viverem um casamento
feliz por longos anos._ Quebrou com os dentes um dos rebuçados mastigando-o.
_Mas se eu não tivesse seguido os teus concelhos não estaria
no meio desta alhada a culpa é tua Al!
_ Está certo, eu sou o culpado_ deixou o seu corpo cair no
relvado_ Então mata-te, para eu não sentir mais esta culpa dentro de mim_
Brincava com a situação e Vincent não achava nenhuma piada_ Porém se me matares
não ouviras da minha boca as informações que te tenho para dar…
_Al o que tu sabes?_ Agarrou-o pelo colarinho impaciente, se
Albert tinha a solução deveria ter-lhe falado logo.
_ Calminha amigo…_ Afastou-o ajeitando a sua roupa
sentando-se novamente_ A solução para o problema está em Marseille._ Pegou na
sua cartola colocando-a na cabeça.
_Em Marseille? Como assim Al?
_Viagem para Marseille pelo caminho encontraram a pessoa que
vos ajudará.
_E que é essa pessoa, Al eu não estou a entender!
_Eu não sei quem é essa pessoa, mas quando ela vos aparecer
vocês saberão quem ela é_ Al tinha um pequeno sorriso no rosto, um puro
mistério em que Vincent teria que acreditar_
Agora se o senhor Lord me der licença estou de saída_ Fez uma pequena
reverência em sinal de respeito_ Voltarei para o casamento, espero que tenha
bastante comida, tchau, tchau!_ Acenou com a mão saindo aos pulinhos como uma
criança reguila.
Começava a desconfiar do seu amigo, se não tivesse confiado
tanto nele não estaria metido naquele enrascada, mas por outro lado tinha-o
salvo do casamento fracassado com Nicole, mesmo que não fosse amor o que sentia
por Lis achava-a uma garota muito mais interessante que Nicole, talvez fosse
porque pode conviver mais com Lis enquanto que com Nicole nunca tivera nenhuma
conversa, mas só de olhar para ela via maldade no seu olhar.
Não, não era só por isso que preferia Lis, durante aqueles
dias tinha-se apaixonado por ela, queria mesmo casar com ela e não queria que
ela voltasse para 2013, mas ao mesmo tempo não a queria ver mais triste isso
também fazia doer o seu coração, eram sentimentos contraditórios que Vincent
não conseguia lidar.
O dia do casamento estava prestes a chegar e com ele o tempo
que estaria com Lis acabaria, pois logo que se casassem partiriam para
Marseille em busca dessa pessoa misteriosa que os ajudaria.
Com o cair da noite e com o jantar terminado escrevia num
papel o que sentia por Lis, mesmo que os seus sentimentos não fossem
correspondidos e ciente que isso não mudaria em nada o contrato que tinham
feito queria que ela soubesse que era
uma pessoa especial para ele e que nunca a esqueceria.
No fim dobrou o papel e saiu dos seus aposentos com um
castiçal na mão, ia até ao quarto de Lis e deixaria lá a sua carta para que ela
pudesse ler quando acordasse, mas foi necessário entrar no quarto da menina,
encontrou-a pelo caminho.
Ela também tinha a mesma intenção ir falar com Vincent e
dizer-lhe que gostava muito dele e faria um pedido egoísta, se ele quereria ir
com ela para o futuro e descobrir todas as coisas maravilhosas que lhe tinha
falado.
Mas nem um nem outro acabaram por se confessaram, ambos
desculparam-se dizendo que não estavam com sono, acabaram bebendo um leite
juntos e no fim voltaram cada um para o seu quarto, escondendo secretamente os
seus sentimentos no mais profundo dos seus corações.
Hum... O Al está muito sabido para meu gosto...
ResponderEliminarE como passa rápido, depois de dois meses a Lis deve ter pego bem o jeito de como se vive nessa época, embora ainda deva se sentir uma estranha no meio de tudo.
O Al tá metido nessa história até ao pescoço, porque é que está bem sábio ^^"
ResponderEliminarNão se apegou só a isso mas também ás pessoas que a rodeiam
ambos escondendo os seus sentimentos
ResponderEliminarquem será essa tal pessoa?