Não se escolhe o destino, mas podemos escolher ser
felizes
Logo pela manhã, assim que chegaram a academia cross, Yagari
e Kotori ficaram debatendo os dias de folga que teriam antes do casamento, já
que ambos tinham aceitado trabalhar nessa semana.
Contudo Yagari sentia a necessidade de tirar pelo menos mais
um dia, porque ainda antes de se casar queria levar a sua namorada ao médico,
ainda não tinha ido a nenhuma consulta depois de saber que estava grávida e
isso preocupava-o um pouco, e como Kotori tinha protestado que não ia
sozinha iria acompanha-la nessa visita
médica.
Então só teria que trabalhar nos dois primeiros dias da
semana e o resto do tempo Kaito iria o substituir .
Depois de discutir todos os assuntos com Kaien Cross dirigiu-se á sala de professores
para pegar o livro de ponto da turma que iria lecionar, Kotori tinha seguido
atrás dele ainda que não fosse necessária na sala dos professores, mas era da
maneira que podia fazer um pouco mais de companhia a Yagari.
_ Não sei por que vieste a enfermaria é do outro lado_
desdenhava enquanto procurava o livro que desejava na prateleira.
_Só queria estar um pouquinho mais contigo, já não posso?
_Mas logo á noite tens o tempo todo_ Se aproximou dela apalpando
aquele traseirinho sexy, olhando-a com safadeza.
_Ya..yagari-san!_ Kotori repreendeu-o com a face rosada de
tão envergonhada que ficara.
_Yagari…_ Corrigiu Yagari ouvindo o alarme soar, teria que
ir dar aulas_ Mais logo falamos_ Acrescentou mais carinhoso.
Kotori ainda puxou pela camisa dele, trocando um beijinho
tímido e no término ajeitou-lhe a camisa deixando ir o seu namorado trabalhar.
Começava a achar que os seus alunos eram mais sortudos que ela pois podiam
passar o dia todo com Yagari.
Contudo era com ela
que Yagari passava os melhores momentos fazendo dela a pessoa com mais sorte de
todas.
***
Ainda não sabia que teria que começar a lecionar as aulas do
turno diurno naquela semana, mas ainda assim aproveitava bem aquele dia, tinha
reparado que Kimi ainda andava um pouco desanimada com o facto de ter sugado o
sangue dele, por isso convidou-a para ir darem um volta logo pela manhã.
Pararam numa pastelaria para tomar o pequeno almoço, não
podia deixar de reparar que a garota mantinha-se demasiado quieta, ainda a
levou até a um parque infantil situado ali perto, mas continuava sem falar.
Kaito começava-se a irritar com essa situação, acha que já
tinham resolvido tudo mas afinal estava enganado , essa amargura ainda
continuava dentro de Kimi e fazia com que ambos não conseguissem esquecer o que
se tinha passado.
Foi com raiva que a empurrou do banquinho de jardim onde
estavam sentados e a menina caiu de costas ficando por baixo de Kaito sem
entender nada… Ainda era cedo, não existia ninguém pelas redondezas, apenas os
dois.
_ Porquê Kimi? Porquê?_ Seus olhos tinha uma aura raivosa
que assustava a pequena Kimi_ Porque continuas a guardar essa culpa? Não tem
nada de que te possas culpar! Ainda não entendes-te o que sinto?_ E sob a
pergunta de Kaito arregalou os olhos e elevou a sua mão até tocar o ombro dele.
_Eu não sei…_ Respondeu com a voz a fraquejar desviando o
seu olhar para outro lado_ É fácil dizer que está tudo bem, mas eu sei que não
está, eu queria ser humana outra vez, queria fazer-te feliz….. eu não consigo
isso…
_Isso não é verdade._ Kaito afirmou sentando-se sobre o
quadril dela controlando a sua raiva_ Nada faz-me mais feliz duque te ter ao
meu lado.
_ Seu idiota… como tu podes dizer coisas tão gentis a uma
pessoa que não merece?
_Porque amo-te_ sorriu tocando com o indicador a ponta do
nariz da garota_ Ei Kimi, eu quero continuar a cozinhar junto contigo, a ter a
tua companhia todos os dias, a constituir família_ entrelaçou os dedos nos dela
com um olhar mais meigo _ Deixa-me ser a tua parte humana.
Não conseguiu conter as
lágrimas, não podia desejar ouvir palavras mais bonitas que aquelas, mas
ainda assim achava que não merecia tamanho amor, mas se Kaito continuava a
afirmar que só seria feliz ao seu lado, não seria mesmo verdade? Essas doces
palavras convinham aos ouvidos de Kimi, pois seu coração dizia o mesmo,
apertou com força Kaito contra si, e foi
nesse abraço transbordando de amor que ficaram caídos no chão do parque
infantil, ouvindo a leve chiadura dos baloiços que balançavam como se alguém
estivesse ali a empurra-los, mas era apenas o vento, o mesmo que testemunhava a
paixão entre aqueles dois.
Contudo aquele vento de inverno não parecia feliz com o que
via….
Esse vento de inverno deve se chamar Kaname Kuran...
ResponderEliminarQuem sabe Mel...
EliminarMas eu gosto do vento^^"
Eu também gosto de vento, mas não do Kaname... :p
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