Quando não existe preocupações não existe vida
Cada dia que passava a relação entre Kaito e Kimi parecia
mais forte, uma amor que parecia ser incapaz de ser vencido pela força de
Kaname, que apesar de ainda não ter descoberto onde a menina se encontrava já desconfiava.
Naquele dia antes de sair de casa jantou com Kimi, a menina
tinha-se tornado a seu pequena fada do lar, que tentava fazer o máximo do
trabalho para lhe agradar, ás vezes encontrava a dormitar, porque era uma vampira que ia
contra a lei dos vampiros, em vez de dormir de dia, dormia de noite, tentando
assim manter a vida como a de uma humana, isso fazia Kaito esquecer um pouco a
sua condição.
Não tinha vontade de ir dar aulas seria melhor ficar ali com
ela, puder ir dormir junto com ela, sem fazer com que Kimi ficasse esperando
por ele, porém a menina insistiu que ele fosse, e que remédio se não ir
mesmo… Kimi ajudou-o a vestir o casaco e
despediu-se com um beijo e ficou junto á porta vendo Kaito desaparecer na rua
sempre com um largo sorriso, depois voltou para dentro e trancou a porta como
sempre fazia.
Deu uma olhada nos exercícios que Kaito tinha deixado para
ela, porque mesmo que não frequentasse mais as aulas Kaito sempre tentava
mate-la dentro dos conteúdos lecionados nas aulas, mas não tinha apetite para
os fazer retirou alguns comprimidos de sangue do bolso, sempre os escondia de
Kaito, apenas de saber que ele conhecia a existência deles, mas tinha vergonha,
sentia-se mal em consumi-los á sua frente porque assim mostra-lhe a besta que
era, ao desejar sangue.
Todos os dias tentava reduzir o numero de comprimidos que
ingeria, estava a conseguir porém a sua sede a cada dia era maior, mas como ia
conseguindo controla-la, prosseguia com aquele ato nada bem pensado.
Ingeriu alguns e deitou-se no chão de madeira, contando os
minutos para voltar a ver Kaito, ainda ia faltar tanto tempo, gostava de saber
como estavam a correr as aulas, na verdade também gostava de estar lá para
assistir.
Mas seria mesmo melhor não, Kaname observava Kaito como um
lince, como se quisesse ler-lhe os pensamentos e em seguida mata-lo, no término
das aulas limitou-se a arrumar o seu material e seguir para o alojamento da
lua.
Não aguentava tanto tempo sem ter a companhia de Kimi, agora
dava valor aqueles dias que podia dormir abraçado a ela, de poder tocar
naqueles longos cabelos que tanto adorava, agora que não a tinha é que sentia a
sua verdadeira falta e lhe dava o devido valor.
***
Já Yagari dava valor ao que tinha mas não demostrava, tinha
uma vida magnifica que nem em sonhos podia desejar tal, tinha feito amor com
Kotori e sentia agora o corpo dela repousa sobre o seu, seus olhinhos verdes
brilhavam na sua direção como quem parecia querer-lhe dizer alguma coisa.
_ Ainda não estás satisfeita?
_Não…_ tinha um sorriso largo e puxava-lhe os cabelos
destapando-lhe a testa_ Eu queria-te ouvir falar para o nosso filho.
_E o que eu vou dizer? Ele ainda mal existe.
_Existe sim! Está que na minha barriga!
_Kotori ele ainda é do tamanho de uma formiga_ empurrou-a
para o outro lado da cama_ Tira essa ideia idiota da cabeça, tenho muito tempo
de falar com ele quando nascer_ Não era assim tão má a ideia, mas sentia-se
idiota a falar para a barriga dela por isso é que negou._ Agora dorme.
Kotori virou-se de costas para ele chateada e deixou-se
embalar pelo sono irritada com ele, já Yagari ainda ficara a meditar sem
aparecer-lhe uma ponta de sono, a realidade é que ia ter mesmo um filho, isso não
era nenhuma brincadeira, ia nascer um ser com o sangue dele, esse devia ser o
seu maior orgulho.
Verificou se a sua namorada estava mesmo a dormir e
inclinou-se um pouco sobre ela e deslizou a mão pelo ventre de Kotori, era ali
que se encontrava o seu rebento, ainda era tão pequeno que não o podia sentir.
_Cresce rápido filhote, que o pai te quer ensinar um monte
de coisas_ Só depois de proferir a palavra “Pai” é que viu a importância
daquela palavra, não só dela, dele também, Yagari seria uma das principais pessoas no desenvolvimento
dessa criança, ou seria mesmo a mais importante por isso que quando esse bebé
crescesse lhe chamaria de Pai, Pai sem duvida tem de ser uma pessoa com muita
responsabilidade, isso pesaria em Yagari, suspirou pesadamente e deixou a cabeça cair sobre a almofada,
porque estava tão preocupado se aquele fedelho ainda iria demorar tantos meses
a nascer? Não era um fedelho qualquer esse era o problema.
Se achava que a sua vida tinha mudado completamente depois
de conhecer Kotori, agora tinha a certeza que não tardaria a mudar outra vez,
porque nove meses passavam a correr…
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