Antes de voltar para a academia decidiu passar por uma loja
de bricolage que ficava a caminho, comprou o que necessitava e saindo pelo
estabelecimento reparava que ninguém o acompanhava, andar sozinho parecia algo
tão estranho, já se tinha habituado a andar sempre com Yuka agora sem ela tudo
parecia diferente.
Como os seus saco eram um pouco pesado acabou pegando um
autocarro e saiu perto da casa que tinha arrendado, onde deixou os materiais
que necessitada para melhor o aspeto da sua nova casinha, como o senhoria tinha
autorizado a fazer um pequeno restauro, Zero pensou que uma boa pintura seria o
suficiente para deixar a casa mais bonita, contudo não estava com o minino apetite de começar o restauro.
Fechou a casa vazia, e foi a pé para a academia, quando
chegou já passava da uma da tarde mas mesmo assim o Diretor tinha-lhe guardado
a merenda e com pouco apetite fez a vontade ao Diretor que entendia que a falta
da menina era indispensável para Zero.
Yuka saiu na estação e em seguida apanhou um autocarro para
o seu vilarejo que ficava apenas a meia hora, assim que chegou tinha os seus
avós á sua espera ansiosa por a ver e abraçar.
Era bom voltar a sua casa, mas o seu pensamento estava em
Zero, ainda se interrogava se todos aqueles dias ele ficaria bem e olhando á
sua volta pensava que tinha sido naquela casa que o tinha visto pela primeira
vez, definitivamente estavam destinados a conhecerem-se.
_Yuka tu estás mais magra, agora percebo porque ficas-te
adoentada, precisas de te alimentar bem_ alertou a sua avó pegando num prato_
Agora vais comer uma canjinha que fiz a pensar em ti._ Mas Yuka parecia não
ouvir, sentada na mesa com a cabeça apoiada em seu braço_ A rapariga não me
digas que já estás com saudades daquele moço!_ falou mais alto pousando o prato
na frente da garota.
_Não… quer dizer sim… qual é o problema?_ pegou na colher
enfiando bruscamente no prato.
_Nenhum filha_ a senhora de certa idade sentou-se ao seu
lado_ Mas isso preocupa-me, preocupa-me saber que ficas tanto tempo com aquele
moça sabe-se lá a fazer o quê.
_ Ai vó eu não ando fazendo nada de mal, eu estou lá para
estudar e não tem motivos para se preocupar, você o conhece, pode confiar em
mim.
_De certeza que podemos confiar em ti Yuka?_ seu avó entrou
pela porta da cozinha segurando a pauta das suas notas_ Come pois temos de
falar.
Yuka apercebeu-se que aquele papel eram as suas notas e
sabendo que elas não estavam assim tão favoráveis apenas obedeceu e terminando
de comer apenas empurrou o prato para o meio da mesa pronta a ouvir o que o seu
avô tinha para lhe dizer.
_Já comi, pode falar_ e olhou de lado para ele.
_Três negativas, tu por acaso tens estudado? Ou tens andado
o tempo todo na farra com aquele moço.
_Eu tenho estudado! Não tenho culpa de não ser inteligente!_
resmungou de pronto.
_Yuka… tu tens de estudar, filha o senhor que financiava a
tua bolsa de estudos deixou de pagar, nós não temos muito dinheiro para
continuar a deixar-te estudar naquela academia, se as tuas notas não melhorarem
seremos obrigados a tirar-te mesmo da academia_ avisou a sua avó um pouco
angustiada.
Yuka caia em si, tinha que voltar para a academia era o único
jeito de estar com Zero, não sabia porque o senhor que lhe financiava a bolsa
tinha desistido, mas isso nem importava o mais importante era continuar os seus
estudos.
_Eu vou esforçar-me mais e se for necessário arranjarei um
emprego a meio tempo e assim não precisarei de sair da academia_ Disse séria
disposta a tudo.
_Ainda bem que compreendes filha…
_Mulher não entendes que ela só está a fazer isso para estar
com aquele rapaz… ele até pode ser bom rapaz Yuka mas enquanto não me o
apresentares como teu namorado não o vou aceitar.
_Vô! Que é isso? Nós não estamos no século passado! Mas se
quer assim tudo bem eu o apresento formalmente…
_Tu estás muito respondona, é esse moço que te anda a por
assim não é.
_Olha o Sr. Abade andava tão ansioso por te voltar a ver
porque não o vais visitar?_ A sua avô interferiu tentando acabar com aquela
discussão.
_É mesmo isso que eu vou fazer, falar com ele_ Levantou-se
da mesa com ar de poucos amigos.
_Pode ser que ele te ponha juízo na cabeça._ comentou o seu
avô antes dela sair.
Estava uma tarde fria, caminhava pela pequena ruela pensativa,
devia ter ouvido Zero e ter ficado na academia, passou perto daquele palheiro
onde tinha feito sexo pela primeira vez com Zero e ficou parada um tempo em
frente a ele sorrindo nostalgicamente, lá tinha das melhores recordações de
todas, não seria uma simples bolsa que iria afetar o seu relacionamento,
continuou o seu caminho sentindo o vento gélido bater na sua face e olhando em
frente perguntava-se se Zero ainda se lembrava da sua primeira vez, se estaria
sentindo a sua falta.
Ah… como devia ter pedido para passarem as férias juntos ao
invés de estar caminhando por um rua completamente sozinha….
porque é que o senhor deixou de pagar?
ResponderEliminaryuka temm de se esforçar mais
Cheira-me a esturro o homem ter deixado de pagar
ResponderEliminarEles não conseguem viver umas horinhas um sem o outro
Bjinhox